Me chamam solidão
Estendido em leito utópico
Em quimérico morticínio
de quimeras irrealizáveis
Pelos ruídos repetidos
acesso as memórias
daquilo que ainda não se suscedeu
E quando o aconchego converte-se em toalha
Afundo-me na busca por substituir
aquilo que conheço ser insubstituível
Quem dera fosse o passado
bem retornável.
Busco o resgate daquilo que
o inexistente desperta
Metal invisível
Moldado em esteriótipo plástico
Instrumento inexorável
da desejada recuperação
de emoções imaturáveis
Sentimentos maculáveis
maculados
A toalha noturna seca o que a superfície tocou,
Aquela pintada de branco
manchada pelo mesmo preto escorrido
sob o vermelho daquele sorriso inesgotável
sem valor e já debatido
E aquilo que o desconhecido desperta
Afasta-se pelas próprias mãos
E apesar de relutar
Apesar de internamente talvez lutar
Desvencilha-se insensível
Do tal metal invisível
Carga emocional de marmota
Contra humana terrivelmente encravada
Lã em patas felinas
Plástico em dentes recém formados
Tola confusão sentimental e transitória
Redundância vil em torno de dúvida
Dúvida em torno de lâmina
Lâmina em torno de alma
Alma em torno de nada
O Pícaro amaldiçoado troca suas vestes falsas
E enquanto o corpo mantém-se
O interior explode em um sapateado corrosivo
Observado de perto sem ser percebido
E quem dera a cachoeira negra
A que mancha a pele de palidez sintética
Pudesse correr até atingir-lhe o âmago
Para que este também se corrompesse
Eternamente
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