Sextetos de um sonhador

Author: Henrique Alvez / Marcadores:

















Eis-me aqui
indigente arrogante
eterno viajante
De insolúvel trilho
Ainda mais errante
Que o mais vagante andarilho

O tal de passos levianos
Que em resinoso
porem encardido Betume
Taciturno marca
o caminho daquele sem sonhos
que o terceiro apaga

Sonho meu
Inexistente quimera profana
E a tua ilusão tirana
Sendo sôfrega fantasia
Do tal ladrão de sonhos,
querubim da desarmonia

"Eu, sempre que parti, fiquei nas gares
Olhando triste, para mim"
Desfrutando daquela falsa felicidade
Que eu apenas necessitava
para que em minha morte diária
pudesse vivo finalmente me sentir

Sonhando alheios sonhos
Perdido em doutrem labirinto
Que jamais fora realmente meu,
Virtuoso me sinto
Apenas por, sem permissão,
compartilhar comigo teu eu.

Henrique Alvez.
(os dois versos enre aspas pertencem a Mario Quintana ;D)

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